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A segunda edição de 2023 do MyGender Think Tank é já no dia 8 de fevereiro, pelas 14h30 (hora de Lisboa). A convidada é a professora Iara Beleli (Núcleo de Estudos de Gênero/Unicamp) que vai explorar a popularização dos media digitais na aceleração da participação de sujeitos comuns na política brasileira. A mediação será feita pela CO-PI do projeto MyGender, Rita Basílio de Simões. O debate traz uma reflexão sobre as pautas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro que circularam a partir da campanha eleitoral de 2018. Em um momento pautado pela horizontalização das produções, as notícias e os comentários a elas parece ser parte de um processo de ampliação dos discursos de ódio, na maioria das vezes entrelaçado ao contexto político nacional, associando os movimentos sociais, especialmente as femininistas, a determinados partidos políticos. Presta-se particular atenção aos comentários a essa produção que, mesmo com retóricas distintas, parecem sugerir a necessidade de uma certa ordem moral, revelando um conservadorismo no que remete às questões de gênero e sexualidade. Esses discursos, perpassados pelo constrangimento de pessoas e/ou grupos que defendem os direitos humanos, menos do que argumentar, desqualificam esses sujeitos, ao criar nomeações – feminazis, comunistas – cujos significados não remetem à historicização dos movimentos, mas ganham status de categoria acusatória. A investigação que dá origem a esta palestra foi realizada em jornais brasileiros de grande circulação on line, blogs e páginas da Web.

Saiba mais sobre a convidada:
Iara Beleli é graduada em História(Unicamp), mestre em história (PUC-SP), doutora em Ciências Sociais (Unicamp) com pós-doutorado na Universitat de Terragona (Espanha), Pós-doutorado no ISCTE-Iul (lisboa). Nos últimos 12 anos tem trabalhado com Internet e redes sociais a partir do cruzamento de teorias feministas, de gênero, sócio-antropológicas e da comunicação, prestando particular atenção a como gênero, articulado com outras categorias de diferença (raça/etnia, sexualidade, nacionalidade, localização, entre outras), atravessam os campos de investigação.

INFORMAÇÃO GERAL
A institucionalização dos discursos de ódio no Brasil
8 de fevereiro de 2023 | quinta-feira
14h30 (GMT)
Inscrições:https://bit.ly/TT_0223 (o link Zoom será enviado no dia 07.02)

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