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Os contextos social, cultural, económico e político estão directamente relacionados com a necessidade de trabalhar em literacias cívicas e críticas (UNESCO, 2008). As instituições educativas desempenham um papel essencial na formação cívica e de cidadania dos seus jovens e na construção das capacidades de literacia cívica dos estudantes face a um panorama mediático cada vez mais complexo sob a forma de educação mediática. As noções de literacia cívica e crítica devem ser pensadas de modo a incluir diferentes formas de cultura mediática, TIC e novos meios de comunicação social. Assim, a análise da literacia é aprofundada nas relações entre os meios de comunicação social e os cidadãos, abordando temas como as questões de género ou outros indicadores de desigualdade e desequilíbrios de poder, uma vez que existem diferenças de género tanto na educação como na distribuição das competências cívicas e críticas.

O pensamento crítico deve ser promovido a partir da intersecção da aprendizagem formal com as competências cívicas, sociais e pessoais. A literacia mediática está directamente ligada à cidadania e à cultura cívica (Mihailidis, 2012). A complexa paisagem mediática aumenta os desafios do desenvolvimento das capacidades dessas literacias, restringindo a compreensão das notícias e outras formas de circulação de (mis)informação nos meios de comunicação social. A crescente digitalização da vida quotidiana aumentou o fluxo de (mis)informação, o que levanta questões sobre o papel dos meios de comunicação social na qualidade das literacias cívicas e críticas. Por conseguinte, as literacias cívicas e críticas abrangem a compreensão das relações de poder que organizam a informação, o jornalismo e a comunicação em geral, bem como a capacidade de compreender criticamente a informação veiculada por um número crescente de meios de comunicação social.
O projecto “MyGender – Mediated young adults’ practices: advance gender justice in and across mobile apps” (PTDC/COM-CSS/5947/2020) incentiva a apresentação de capítulos de até 5000 palavras de trabalho teórico até 28 de Julho de 2023. São aceites contribuições científicas, em INGLÊS, que abordam os seguintes temas, embora não limitados aos seguintes:

– literacia mediática no ensino superior;
– o papel das Universidades na promoção da literacia mediática;
– as ligações entre a paisagem mediática e as literacias cívicas e críticas;
– a democracia e as literacias cívicas e críticas;
– a desinformação, notícias falsas e outros perigos para as literacias cívicas e críticas;
– a educação para os meios de comunicação social;
– o género e as literacias cívicas e críticas;
– aplicações móveis e literacias cívicas e críticas;
– regulamentação de aplicações móveis;
– literacia de dados;
– bem-estar digital e literacias cívicas e críticas;
– aplicações e subjectividades móveis;
– pensamento crítico sobre aplicações móveis no ensino superior.

As contribuições científicas devem ser enviadas por e-mail para mygender@fl.uc.pt até 28 de Julho de 2023. O “Handbook of Critical Literacies and Gender Studies” será publicado em cooperação com uma editora de renome no âmbito do projecto MyGender.

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