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MyGender

Knowledge Platform

MyGender Knowledge Platform é um site aberto a educadores, jovens e à comunidade em geral. Os recursos da plataforma têm como objetivo promover o pensamento crítico através de literacias cívicas críticas e conscientização de género, uso informado de aplicações móveis, promovendo a conscientização para dataficação, vigilância digital e tecnologias intrusivas.

Para apoiar a justiça de género, as práticas emancipatórias e a incorporação do uso consciente de aplicações móveis, esta plataforma possui está dividida em três áreas principais: recursos, boas práticas e formação.

Ana Aresta
ILGA Portugal
Ana Jorge
Universidade Lusófona/CICANT
Ana Perez Escoda
Universidad Antonio de Nebrija
Brita Ytre-Arne
Universitetet i Bergen
Carla Martins
Entidade Reguladora da Comunicação (ERC)
Carla Nunes
Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva
Carolina Mato
s
City University of London
Cosimo Marco Scarcelli
Università di Padova
Despina Chronaki
National and Kapodistrian University of Athens
Eugenia Siapera
Dublin City University
Isabel Nina
Coordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares
Karen Ross
Newcastle University
Leonarda García-Jiménez
Universidad de Murcia/Colorado State University
Luís Pereira
Imperial College London
Maria João Cunha
ISCSP-ULisboa
Marta Ramos
Consultora em Direitos Humanos
Paloma Contreras Pulido
Universidad Internacional De La Rioja
Patrícia Silveira
Universidade Europeia/CECS
Ranjana Das

Surrey University
Sandra Ribeiro
Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)
Sara De Vuyst
Universiteit Gent
*em atualização

O projeto Digital Intimacies resulta de uma parceria entre o King’s College de Londres, a Universidade de Edimburgo e o Terrence Higgins Trust com o objetivo de explorar como homens queer utilizam os smartphones para negociar a sua vida íntima. Do projeto resulta esta interessante digital zine que procura desconstruir estereótipos e mitos, promovendo o pensamento crítico sobre a utilização de smartphones e apps na mediação de relações de intimidade.
O projeto GlobalGrace – Global Gender & Cultures of Equality, financiado pelo RCUK’s Global Challenge Research Fund (2018-2021), assumiu como objetivo “identificar e mobilizar intervenções artísticas, curadorias e exibições públicas que permitissem pesquisar e construir abordagens de género inclusivas no campo das expressões culturais e artísticas”. O consórcio inclui universidades e organizações sem fins lucrativos do Bangladesh, Brasil, México, Filipinas, África do Sul e Reino Unido.
No Brasil, o projeto centrou-se na temática “Descolonizando o conhecimento e refazendo as masculinidades através da arte: culturas de igualdade nas periferias urbanas do Rio de Janeiro”. O trabalho centrou-se na “interseção entre arte e género na produção de masculinidades equitativas e não violentas nas periferias urbanas”. Este recurso resulta da discussão de masculinidades e marcadores de diferença à luz da dimensão do corpo equacionando e propondo mudanças no caminho.
Desde 2010 que “The Gender Perspective in Research and Teaching Award” é organizado anualmente pela Universidade de Santiago de Compostela (USC). O prémio visa reconhecer e tornar visíveis os projectos de investigação e as práticas de ensino existentes que se destacam por integrarem dimensões de género. O prémio promove sinergias com outras iniciativas empreendidas pela universidade, tais como formações e conferências em matéria de género. O prémio traz mais visibilidade às questões de género na investigação e no ensino.
Fundada em 2000, a Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal) é uma organização não governamental sem fins lucrativos, que é um parceiro principal no Brasil para o Programa Mulheres 2030 (Objectivos de Desenvolvimento Sustentável). É um programa com cerca de 100 voluntários que pretende promover as mulheres como agente multiplicador, nos âmbitos local, regional e nacional, no contexto do género e do ambiente, fortalecendo-as social, económica e politicamente, em nome da sustentabilidade.
De cinco em cinco anos desde 1995, o estudo do GMMP – Global Media Monitoring Project – tem tomado o pulso de indicadores selecionados de género nos meios noticiosos, incluindo a presença das mulheres em relação aos homens, preconceitos de género e estereótipos nas notícias e noutros conteúdos. É a maior iniciativa de advocacia sobre a mudança da representação das mulheres nos meios noticiosos do mundo. Em 2020, e após reunir o estudo de cada país – o estudo português é conduzido pela co-PI do projeto MyGender, a Professora Rita Basílio de Simões – concluiu-se que apenas 25% das notícias mundiais têm as mulheres como temas ou fontes de informação.
Desde 2011 que a Universidade da Beira Interior tem um Plano de Igualdade de Género – que ficou denominado de UBIgual. Foi a primeira universidade em Portugal a desenvolver um Plano para a Igualdade de Género, e desde que este foi criado que realizam, todos os anos, relatórios para a igualdade de género. O Projeto UBIgual – Plano de Igualdade de Género da Universidade da Beira Interior (UBI) decorreu de 2009 a 2013 na Universidade da Beira Interior, através do seu Centro de Estudos Sociais, e foi co-financiado pela União Europeia e Estado Português.
A CIGComissão para a Igualdade e a Cidadania – é o organismo nacional português responsável pela promoção e defesa da igualdade entre mulheres e homens, procurando responder às profundas alterações sociais e políticas da sociedade em matéria de cidadania e igualdade de género. Em 2019, a CIG publicou o “Guião de Boas Práticas de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género nas Empresas” no âmbito da Campanha do Governo #PortugalContraAViolência para assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres de 25 de novembro, que pode ser consultado aqui.
O Global Gender Gap Report 2021, desenvolvido pelo World Economic Forum, é um documento que tem por base metodologias e dados estatísticos recentes de organizações e organismos internacionais. Este relatório em particular encara como a pandemia da COVID-19 criou e aumentou as barreiras na construção de sociedades inclusivas. Os “gender gaps” pré-existentes entre homens e mulheres foram ampliados de forma assimétrica pela crise sanitária, mesmo apesar das mulheres terem estado na linha da frente da gestão da crise como trabalhadoras essenciais. Este documento aponta para a necessidade de serem elaboradas estratégias de recuperação sensíveis às desigualdades de género, para tentar compensar as perdas de 2020, já que conclui que o fecho desse “gender gap” aumentou uma geração no ano pandémico, pasando de uma estimativa de 99,5 anos para 135,6 anos. O documento pode ser consultado aqui.
A DigiPippi é uma comunidade digital e social da Dinamarca para raparigas entre 7 e 13 anos que querem aprender sobre tecnologia, TI e oportunidades digitais, cujo objectivo é envolver as raparigas no mundo da tecnologia. Baseiam-se em princípios pedagógicos e educacionais e organizam workshops de tecnologia, ou mesmo almoços de mãe e filha, numa abordagem que analisa os hábitos das raparigas, os seus modelos e a forma como interagem, especialmente em termos tecnológicos. Uma vez que a Dinamarca é um país onde as escolhas educacionais dos jovens ainda são bastante segregadas por género (em 2016, as mulheres representavam apenas 27% das estudantes de TI, e apenas 11% das novas estudantes de desenvolvimento de software na Universidade de TI de Copenhaga), a DigiPippi pretende celebrar a diversidade, permitindo ao mesmo tempo que as raparigas se vejam como são: raparigas tecnológicas fortes, engenhosas e talentosas.
Nista foi o nome de uma campanha de sensibilização dos meios de comunicação social de 1,3 milhões de euros financiada pela UE em 2010-2012 em Malta, que pretendia alterar os níveis muito baixos de participação das mulheres no mercado de trabalho maltês. Nista – que significa “eu posso” em maltês – visava encorajar mais mulheres a entrar e permanecer no mercado de trabalho através de uma campanha de informação que abrangeu mais de dois anos de televisão, rádio e outros meios de comunicação social. Este projecto foi implementado num plano estratégico de quatro fases, que primeiro sensibilizou a sociedade para esta questão, segundo desafiou estereótipos, terceiro promoveu os papéis dos homens na família, e finalmente encorajou os empregadores a melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar, destacando as melhores práticas e os benefícios da reconciliação. A campanha teve um impacto notável na participação das mulheres no emprego e até numa melhor consciencialização sobre os cuidados infantis.
Criada em 2008, a Zeroviolenza é uma associação italiana que procura o debate público sobre a forma como as mulheres são apresentadas nos meios de comunicação social, que pretende transmitir aos profissionais dos média feedbacks diretos sobre a forma como retratam as mulheres e relatam as questões de género. Através da sua atividade, promove uma consciência civil que reconhece a identidade sexual e cultural de homens e mulheres e a sua liberdade de escolha tanto no âmbito familiar como social e político. Engloba a Zeroviolenza.it é um projeto de informação independente que visa construir uma cultura de responsabilidade para a compreensão das dinâmicas e conflitos sociais que publica conteúdo editorial original, e ainda a Zeroviolenza Onlus, que organiza cursos em escolas de zonas suburbanas de Itália para apoiar adultos que cuidam de crianças e adolescentes, passando da informação à formação mais concreta.
Especialmente desenvolvido na zona rural de Montichiari, Itália, que foi profundamente afectada pela crise económica, #genera_azioni é um projeto centrado nas famílias como as principais vítimas da crise. Desenvolvido por uma mistura de entidades públicas e organizações sem fins lucrativos, pretende combater a pobreza (dificuldade económica, falta de relações, desemprego, vulnerabilidade social) com um modelo de bem-estar social baseado na comunidade. Este projeto atua sobre a comunidade centrando-se nos quatro centros de muitas comunidades: casa, trabalho, o futuro dos jovens e o desenvolvimento de um forte sentido de comunidade pelos cidadãos e cidadãs. Com uma abordagem integrada para desenvolver a inclusão, #genera_azioni promove um novo tipo de bem-estar e uma ideia diferente de “melhoria da qualidade de vida”, com base na importância das relações e da partilha de recursos, informação e tempo. Ligando os jovens inclinados para o digital aos problemas do mundo real da sua área, #genera_azioni está a contribuir para a existência de um sentido de comunidade que não esquece os mais carenciados, mas que cria, de facto, a base para pensar e desenvolver soluções integradas.
La Fabrique Numérique de Gonesse faz parte da estratégia digital francesa e é um programa intensivo de remobilização pessoal, cívica e profissional, destinada aos jovens de 16 a 25 anos que abandonaram a escola sem diploma ou qualificação. Lançado em 2015, o programa utiliza tecnologias digitais, comunicação de massas, produção digital, gestão de redes e projetos como instrumentos de empoderamento para enfrentar o problema do abandono escolar, especialmente em bairros carenciados. Após três ciclos, a taxa de remobilização é de 90%. 70% dos formandos regressaram ao sistema educativo, e 20% acedraem à sua primeira oportunidade de emprego no prazo de 6 meses após a conclusão do programa. O trabalho pedagógico da La Fabrique Numérique de Gonesse assenta em três eixos: a produção digital; a Internet; e as capacidades relacionais.
O projeto ABCLGBTQIA+ é uma colaboração entre o canal televisivo Fox Life com a Associação ILGA Portugal, que disponibiliza o significado de 37 palavras em vários formatos (estático, áudio e vídeo), para download grátis, de forma a que sejam utilizados para os mais diversos fins, por qualquer pessoa, entidade ou instituição, marca nacional ou internacional (em qualquer parte do mundo). Desta forma, procura prestar uma homenagem e um compromisso com a promoção da literacia de identidade de género e combater a intolerância e o preconceito. A acessibilidade das peças passa pelo proclamado desejo de informar o maior número possível de pessoas. Porque aprender faz parte.
AKKA VITBOK (“livro branco da AKKA”) é o resultado dos programas de liderança com integração de género (AKKA) criados em 2004 pela prestigiada e histórica Universidade de Lund, fundada em 1666. Os programas AKKA procuram aumentar a sensibilização e o conhecimento, fornecendo métodos e ferramentas para uma mudança estrutural a fim de alcançar uma igualdade de género sustentável. De 2004 a 2014, foram oferecidos cinco programas AKKA para 150 académicos seniores na Universidade de Lund (Suécia) (dos quais 37 eram homens). As mudanças que os programas AKKA conseguiram na Universidade de Lund, inspiraram outras universidades, como as de Uppsala e Växjö, para a criação de programas semelhantes que caminhem para a igualdade de género na academia.
O BrainPop foi criado em 1999 com o objetivo de explicar conceitos complicados de forma criativa a jovens, e que continua a desenvolver ferramentas de aprendizagem, sobretudo com recursos digitais. O BrainPOP desenvolveu um conjunto de recursos que guiam os estudantes na consciencialização da participação cidadã digital. A página sobre cidadania digital apresenta vídeos, jogos, quizzes, desafios e atividades como construção de código, específicas a cada conceito relevante para a área da cidadania digital. A ideia é auxiliar a aprendizagem, com ou sem plano de ensino, sobre importantes tópicos, através da interatividade do digital.
A PAWENPan African Women Empowerment Network (traduzido: Rede de Empoderamento das Mulheres Pan-Africanas) – foi fundada por Oluwaseyi Kehinde-Peters e é uma organização sem fins lucrativos que pretende desenvolver capacidades com foco na liderança e no empoderamento económico das mulheres africanas. A PAWEN tem como a sua maior missão a criação de um ecossistema que empodera diretamente um milhão de mulheres africanas com competências, conexões e confiança, através de diferentes programas que dão um sentido comunitário ao desenvolvimento das mulheres no mundo económico.
M.ARS Virtual Women Art Museum é um museu que opera na área da arte participativa e multimédia, na museologia social e nos estudos de género, destacando o papel das Mulheres na Arte. O acrónimo M.ARS combina a letra “m” de Museu e a palavra “ars” que significa arte em latim, procurando, deste modo, a desconstrução do lugar comum de raiz patriarcal, estabelecendo uma plataforma museológica interativa para a produção artística online e em tempo real. M.ARS, apesar de digital, é sobretudo desenvolvido na Universidade de Évora, e tem como valores centrais a igualdade de género, a inclusão digital e o compromisso social.
O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) associou-se às comemorações do Dia Internacional da Pessoa Idosa, através da divulgação dos primeiros resultados do projeto de investigação REMEMBER – Vivências de Pessoas LGBTQ Idosas no Portugal Democrático (1974-2020). De acordo com este estudo, a população portuguesa LGBTQ+ acima dos 60 anos, cuja vida foi fortemente afetada por um passado opressivo, apresenta como consequências a solidão relacional e a fragilidade de redes de cuidado. O estudo alerta que a sexualidade na velhice permanece um assunto tabu, em particular na população LGBTQ+. Ainda com o projeto em desenvolvimento, alerta-se para a necessidade do desenho de medidas de intervenção no terreno que tragam alívio, justiça e reparação às pessoas LGBTQ+ idosas, para que assim, o envelhecimento possa ser repensado através uma lente de género e sexualidade.
As eleições na Suíça em outubro de 2019 são conhecidas como as “eleições das mulheres”, pois dessas eleições resultou uma bem maior representação das mulheres nas duas casas parlamentares da Suíça. Em parte, este avanço representativo aconteceu por força do “Helvetia Calls!“, um novo movimento interpartidário para colocar as mulheres na política da Suíça. Helvetia – o ícone feminino da democracia suíça – apela às mulheres para se candidatarem a cargos políticos. Face às anteriores eleições, houve um aumento da representação das mulheres na ordem dos 43%. “Helvetia Calls!” é um exemplo que inspira mudanças nas representações políticas, apesar do cenário político na Suíça, ainda ter sobretudo homens, nas posições de poder.
Desde 2020, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) iniciou a implementação do projeto europeu “Mobiliza-te contra o Sexismo!”, que visa promover o conhecimento e a implementação da recomendação histórica do Conselho da Europa (2019) que fixou a primeira definição jurídica internacional de sexismo. O projeto foca-se nas discriminações múltiplasde uma perspetiva interseccional, promovendo o debate público sobre a prevalência do sexismo e as suas manifestações atuais, que são múltiplas e variam de contexto em contexto. No âmbito deste projeto, foi desenvolvida a campanha “Sexismo: Repare nele, Fale dele, Acabe com ele!”, cujos materiais podem ser consultados aqui, e que a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres pretende que seja um contributo significativo para a erradicação do sexismo em Portugal.
Media In Action (MIA) faz parte do projecto-piloto co-financiado pela Comissão Europeia – Media Literacy For All – acordo de financiamento nº LC00632803. O MIA desenvolveu trabalho directamente com professores, bibliotecários, formadores de professores e outros educadores. Com uma ênfase na narrativa digital, literacia mediática e noticiosa, a MIA desenvolveu actividade em cinco países europeus diferentes, o que inclui Portugal. A delegação portuguesa tem a coordenação da Professora Maria José Brites, e a sua equipa é constituída por investigadores do projecto MyGender, incluindo a Professora Inês Amaral, a investigadora-responsável do projecto MyGender. A atividade desenvolvida ao longo do projeto Media In Action pode ser consultada aqui.
O Festival Género ao Centro, também conhecido como Festival sobre Igualdade de Género para Crianças, Jovens e Famílias, tem como principal foco a promoção da igualdade de género e a defesa dos direitos humanos junto às camadas mais jovens, em especial, junto das crianças dos 3 aos 18 anos. A segunda edição deste festival decorre em Coimbra de 24 a 26 de novembro de 2022, e é organizado pela associação Catrapum Catrapeia. Entre espetáculos, workshops de escrita criativa e poesia, sessões performativas de poetry slam, debates e conversas, o Festival Género ao Centro traz uma perspetiva artística como contributo para a formação das “novas gerações e de educadores e educadoras para um novo mundo no respeito pelos direitos humanos e a liberdade de sermos quem quisermos ser, independentemente do sexo, género, orientação sexual, etnia, idade, cultura, comunidade, com ou sem necessidades especiais”.
A CIGComissão para a Cidadania e a Igualdade de Género – volta a lançar uma campanha patra assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que será a 25 de novembro. Em 2022, a CIG utiliza como repto #PortugalMaisIgual, com um largo conjunto de iniciativas regionais a decorrer por todo o país. Por isso, criou um microsite – visitável aqui – onde é possível consultar toda a informação, distribuída por distrito, que se centra neste objetivo do erradicação da violência contra as mulheres em Portugal. A violência contra as mulheres e a violência doméstica constituem crimes públicos e são responsabilidades coletivas. A CIG incentiva todas as vítimas a ligarem para o 800 202 148 ou a enviarem um SMS para o 3060.
A ILGA-Europa é uma organização não governamental independente que reúne mais de 600 organizações de 54 países da Europa e Ásia Central, que faz parte da organização internacional ILGA, que defende os direitos das pessoas LGBTQIA+ e procura unir ativistas e aliados/as. A ILGA-Europa publicou o seu “Guia para Jornalistas”, um documento com recomendações para profissionais dos média que relatam sobre questões LGBTQIA+, pessoas e comunidades. Esse guia visa contribuir para a qualidade e pluralismo do panorama dos média e do jornalismo na Europa e Ásia Central, assim como visa apoiar o trabalho dos/as jornalistas no terreno, especialmente daqueles/as para quem as notícias relacionadas com a população LGBTQIA+ não são o seu principal alvo. Neste documento encontram-se conselhos práticos sobre como relatar os direitos humanos das pessoas LGBTQIA+, como falar com e sobre assuntos LGBTQIA+, linguagem e pronomes, mas também, ainda, outras recomendações específicas para desenvolver histórias que envolvam pessoas trans e intersexo.
Em tempos do frenesim do Mundial de futebol masculino, no Catar, nada mais ajustado do que se referir o trabalho desenvolvido pelo Human Rights Chanel do Conselho Europeu, sobre a questão “E que tal investir em mulheres e raparigas?” (“What about investing in women and girls?” na versão original). Alertando para dados como o facto de as mulheres comporem apenas 31% do total de atletas federados/as em clubes e associações, procuram promover a igualdade de género no âmbito desportivo, tendo desenvolvido uma série de trabalhos de casa, como este em que se perguntam: “como podem as organizações desportivas e os meios de comunicação social trabalhar para uma comunicação sensível ao género?”.
Comunidades Criativas para a Inclusão Digital” é um nome de um projeto do INCoDe.2030 (um programa governamental que visa o desenvolvimento de políticas públicas, ações e iniciativas para o reforço das competências digitais, de forma transversal, a toda a sociedade portuguesa), incluído no seu Eixo 3 de atuação, que se foca na inclusão. Desta forma, as Comunidades Criativas para a Inclusão Digital procuram identificar as dificuldades na inclusão digital e contribuir para a atribuição de competências digitais à população portuguesa. Em 2019 foram criados 10 projetos-piloto locais/municipais no âmbito das Comunidades Criativas para a Inclusão Digital, descentralizando o esforço pela digitalização transversal do país.
ENGENDER – Integração dos Estudos de Género nos curricula e práticas pedagógicas no ensino público universitário em Portugal” é um projeto financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia através de fundos nacionais (PTDC/SOC-ASO/7173/2020). Sediado no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC), o ENGENDER leva em conta as mudanças sociais e políticas que estão a alterar o trabalho académico, propondo-se a mapear a presença e o papel dos Estudos sobre as Mulheres, de Género e Feministas (EMGF) nos diversos campos disciplinares do ensino superior em Portugal.
A Freelance Journalism Assembly é um programa gratuito concebido para ligar e capacitar jornalistas freelance e independentes na Europa. Têm organizado conferências, reuniões e recursos. Relativamente a esses recursos, a Freelance Journalism Assembly tem uma série de podcasts que abordam questões sob a marca “Freelancing for Journalists“, com mais de 50 episódios já no ar. Recomendamos um episódio em particular, relativo a “Género e Identidade”, que pode ser ouvido aqui.
A iniciativa espanhola “Cómo el machismo marcó nuestra adolescencia” (Como o machismo marcou a nossa adolescência) é um projeto interativo criado pela RTVE Lab, com o qual uma pessoa pode colocar o seu ano de nascimento e assistir a alguns destaques (infelizes) sobre marcos mediáticos patriarcais que, muitas vezes, não são descontruídos e criticamente analisados. Este simples projeto interativo ajuda a demonstrar como o machismo mediatizado impacta determinantes fases do desenvolvimento pessoal, focando-se, em concreto, na adolescência. Para experimentar, em espanhol, basta clicar aqui.
O Projeto REBOOT é uma ONG (Organização Não Governamental) jovem, composta por voluntários, que pretende fornecer a pessoas e organizações o acesso a ferramentas e informações que permitam o seu empoderamento. Assim, procura ser um espaço de reflexão e debate, assente em informação acessível e de qualidade, a fim de provocar mudança na sociedade. Acreditam que a juventude do projeto “é sinónimo de uma lufada de ar fresco e ousadia” que utilizam para transmitir informação, sendo co-agentes da mudança estrutural em prol da sustentabilidade social, ambiental e económica do planeta. As diferentes iniciativas que realizam encontram-se no website do projeto, enquanto que a contínua comunicação científica e de sustentabilidade pode ser vista aqui.
O KINDER é uma Pedagogia Sensível ao Género na Educação de Infância (GRP-CE), que se destina aos profissionais de educação que trabalham com crianças entre os 3 e os 12 anos de idade. Trata-se de um projecto que parte do pressuposto de que os processos de aprendizagem desempenham um papel determinante na socialização de rapazes e raparigas e têm um grande impacto nas opções de vida futura das crianças, incluindo as escolhas profissionais. O último evento do KINDER terá lugar no dia 1 de Junho, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, sob o título “Que género de Educação queremos? Desafiar estereótipos na educação e na primeira infância”. Mais informações neste link.

Guias

Clique na imagem para descarregar o guia (pdf)

APP (aplicação)
App é o diminutivo de aplicação, isto é, um tipo de software (programa informático) que procura facilitar a realização de uma tarefa num telemóvel, computador ou outro dispositivo apropriado como smartvs ou tablets. Têm, geralmente, o propósito de simplificar os processos e o acesso aos utilizadores.
API | Application Programming Interface
Interface de Programação de Aplicações (vem do inglês Application Programming Interface) é um conjunto de padrões e definições protocoladas que permitem criar e integrar plataformas. As APIs simplificam a forma como os desenvolvedores integram novos componentes de aplicações. De cada vez que se utiliza uma aplicação como Facebook, se envia uma mensagem ou se vê a meteorologia no telemóvel, está a utilizar-se uma API.
Género
Conjunto de papéis, expectativas e expressões características de alguém que são socialmente construídos. É uma construção social historicamente ligada à ideia binária de sexo masculino/feminino, e consequente entendimento das pessoas como homem/mulher. Porém, o género ultrapassa construções binárias e sexuais, tal como não é estático, podendo se alterar com o tempo, variando os seus entendimentos sociais dentro e entre culturas diferentes. Por isso, não é biologicamente determinado nem fixado para sempre. Influencia como é que as pessoas se veem a si mesmas, mas também como veem os outros. Por isso, impacta como é que as pessoas agem e interagem na sociedade.
Gaslighting
Forma de abuso psicológico e emocional através do qual o abusador manipula a perceção da vítima, alterando a sua realidade, de modo a gerar sentimentos de dúvida e confusão na cabeça desta. As informações são distorcidas, omitidas e contestadas, de forma a favorecer a narrativa pretendida pelo abusador ou para simplesmente fazer a vítima duvidar de si e da sua própria memória e sanidade mental. Embarca, por isso, um largo espectro de atos e níveis de premeditação para desorientar a vítima.
Ciberbullying
A forma mais simples de explicar o termo “ciberbullying” passa pela sua conceptualização como um conjunto de formas virtuais de praticar bullying. É assim um conjunto de práticas que envolvem o uso de tecnologias de informação e comunicação para apoiar comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Afeta geralmente as crianças e adolescentes, sendo uma forma de ataque perversa problemática, já que extrapola em muito os muros das escolas. Tem existido um elevado crescimento de práticas de ciberbullying, pelo também crescente peso do online e do digital – nomeadamente das redes sociais e outras plataformas online – na vida de cada um, inclusive nas vidas das crianças e adolescentes.
Cookies
São pequenos ficheiros, no âmbito do protocolo de comunicação HTTP usado na Internet, que são guardados nos navegadores que armazenam preferências e outras informações utilizadas em websites e páginas desses websites que foram visitadas. De cada vez que se acede a um website, um ou mais cookies são reenviados para os servidores nos quais o website está hospedado. Guardam definições das pessoas em certos websites e podem, por vezes, ser utilizados para monitorizar a forma como os visitantes acedem e interagem com os websites. Os cookies servem funções úteis, eficientes e por vezes essenciais na Internet. Podem, nomeadamente, também ser utilizados para guardar informações que o utilizador tenha introduzido previamente nos campos do formulário, tais como nomes, endereços, palavras-passe, e números de cartões, para utilizações posteriores.
Heteronormatividade
Termo utilizado para descrever a imposição social de que orientações sexuais, de alguma forma, diferentes da heterossexualidade não são vistas como normais. É um processo instititucionalizado que ignora a diversidade de orientações sexuais, identidades, expressões de género e caraterísticas sexuais existentes na sociedade. Resulta na marginalização, segregação e, por vezes, na perseguição das pessoas que, por fruto da sua orientação sexual, não são entendidas como norma, ou seja, não se encaixam no padrão heteronormativo.
Sexismo
O sexismo consiste em qualquer expressão (atitude, palavra, imagem, gesto) que tem por base o pressuposto de que algumas pessoas, identificadas com determinado sexo, geralmente masculino, são superiores às restantes. Assim, passa tipicamente pela inferiorização das mulheres, seja individualmente ou até num grupo, e que ocorre na esfera pública ou privada, por via eletrónica ou não, com o objetivo de, ou pelo menos tendo como algum tipo de consequência: ofender a dignidade intrínseca ou os direitos de uma pessoa ou um grupo de pessoas, provocar danos ou sofrimento físico, sexual, psicológico ou socioeconómico, criar um ambiente intimidante hostil, degradante, humilhante ou ofensivo, colocar travões à autonomia e ao pleno gozo dos direitos humanos de uma ou ainda perpetuar e reforçar estereótipos de género.
Crack
Um crack é um pequeno software usado para quebrar um sistema de segurança qualquer. Funciona através da cópia ilegal de software (usualmente comercial), quebrando a funcionalidade de proteção de propriedade intelectual. É sobretudo utilizado para transformar versões limitadas de programas/softwares em programas completos (seja em funcionalidade ou tempo de uso, os chamados shareware), removendo ou enganando o sistema de segurança que limita o uso ou verifica o número de série.
Avatar
Palavra que deriva do termo avatāra, original do sânscrito, que simboliza algo como a descendência terreste. No contexto dos média e da informática, este termo simboliza uma representação de si mesmo, geralmente em meios virtuais, com o objetivo de se personificar, para demonstrar uma autoimagem em ambientes virtuais, que pode ou não ter uma correspondência mais real. É, assim, um elemento gráfico tipicamente customizável, escolhido por quem utiliza determinada tecnologia, para se representar, nomeadamente no ciberespaço, como em determinados jogos e comunidades virtuais,
Transfobia
Conjunto alargado de atitudes e práticas pejorativas, que até podem ser violentas, que são direcionadas a pessoas trans ou a pessoas que são percebidas socialmente como trans, independentemente de se auto identificarem ou não desta forma. O sufixo “fobia” implica um medo ou até repulsa das pessoas transgénero. As pessoas trans são alvos usuais de preconceitos e discriminações face à forma como expressam o seu género. Esses preconceitos e atos discriminatórios nascem da visão ilusória de que ser trans não faz parte da condição natural humana, mas sim que se trata de algum tipo de doença ou transtorno mental. Daí resulta na condenação e até mesmo na demonização das pessoas trans.
Social Media
Tecnologia informática com base na internet que funciona em rede e em comunidade, e que permite a partilha de ideias, pensamentos e informação, geralmente sobre a forma de publicações. A generalidade do conteúdo é criado pelos utilizadores. Requer, por isso, a criação de um perfil para que se possa publicar. Existem mais de 4.5 mil milhões de utilizadores no mundo. Os casos mais conhecidos são o Facebook, o Twitter, o Instagram, o YouTube e o TikTok.
Privacidade
Chamamos “privacidade” ao direito à reserva de informações e dados pessoais, isto é, que são assim privados. Direito este reconhecido em documentos como a Convenção Europeia dos Direitos do Homem ou a Constituição da República Portuguesa. Porém, na internet, este direito sofre várias ameaças. Numa conta individual numa rede social, os termos de privacidade estabelecidos por defeito permitem que se mostrem muitas informações a quem veja o perfil.
Sexo
Conjunto de características estruturais e funcionais de âmbito biológico e fisiológico que distinguem as classificações de macho (sexo masculino) e de fêmea (sexo feminino).
Stalking
Pode ser descrito como a perseguição/assédio persistente, e engloba um conjunto de comportamentos que configuram uma forma de violência relacionados com a invasão de privacidade por alguém, através de táticas de perseguição e meios diversos. No mundo digital, o stalking dá-se, sobretudo, por ligações telefónicas, pelo envio de mensagens ou por email, pela publicação de fatos ou boatos em sites da Internet (cyberstalking), etc. O stalking tende a apresentar uma violenta narrativa de natureza quase romantizada, sobretudo nos contactos iniciais, que podem provocar alguma confusão na vítima.
Cibercrime
O termo “cibercrime” surgiu em Lyon, na França, no fim da década de 1990, depois de uma reunião de um subgrupo dos países do G8 que analisou e discutiu os crimes promovidos via aparelhos eletrónicos ou mediante a disseminação de informações pela internet. Em Portugal é considerado um crime, sendo previsto e punido na Lei do Cibercrime (Lei n.º 109/2009, de 15 de setembro), que engloba todas as formas de atividade criminosa que são conduzidas através da Internet, de um sistema informático e/ou de tecnologia informática. Desta forma, inclui coisas como a transferência de ficheiros musicais ilegais, roubo de identidade e crimes de ódio à disseminação de vírus noutros computadores, ou ainda o roubo de informação empresarial confidencial via a web.
Phishing
Conjunto de técnicas fraudulentas concebidas para furtar dados pessoais valiosos, como números de cartão de crédito, palavras-passe, dados de contas ou outras informações importantes. O phishing pode ser praticado por email, plataformas de mensagens, SMS, entre outros. Porém, é mais frequentemente realizado por e-mail, sobre a forma de mensagens aparentemente reais. As pessoas são induzidas em erro por comunicações que parecem vir de redes sociais, sites de leilões, processadores de pagamento online, lojas e, sobretudo, bancos. Estas comunicações sugerem, por exemplo, que a conta de uma pessoa foi comprometida e que esta precisa de voltar a submeter os dados da sua conta e de registo, a fim de a desbloquear. É importante não esquecer que os bancos nunca pedem este tipo de informação por e-mail. Muitas vezes, estes e-mails ligam para websites que aparentam ser do banco em questão, mas que não são. O treino e a educação crítica e atenta à identificação de comunicações de phishing parece ser a melhor forma de uma pessoa se proteger destas tentativas de furto de dados e informações pessoais e confidenciais.
Hacker
Conceito popularmente utilizado para descrever uma pessoa que pratica algum tipo de intrusão informática, que pretende conhecer e modificar os aspetos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores e softwares. Apesar de, mediaticamente, o hacking (a atividade desenvolvida por hackers) ter, geralmente, uma conotação ilegal, o hacking tanmbém pode ser utilizado de forma legal, nomeadamente quando as autoridades policiais recorrem a hackers a fim de recolher provas sobre criminosos.
Patriarcado
O patriarcado corresponde a uma organização/sistema social, que se traduz literalmente como a autoridade do homem. Atualmente o termo é, sobretudo, usado para se referir à dominação e ao poder dos homens sobre as mulheres e restantes pessoas, o que vai além do âmbito doméstico, incluíndo uma predominância em situações como as de funções de liderança política, autoridade moral e qualque tipo de privilégio social. Caracteriza o sistema pelo qual as mulheres são mantidas subordinadas de várias maneiras, que se traduzem na superioridade do homem em diversos espaços sociais.
Código QR
Código QR (Quick Response) é um tipo de código de barras matricial/bidimensional. Foi criado em 1994 e tornou-se popular por ter uma rápida legibilidade e uma vasta capacidade de armazenamento, comparado com os normais códigos de barras. O código QR consiste em módulos negros dispostos num padrão quadrado sobre um fundo branco. Todas as pessoas com smartphones que tenham uma câmara no telemóvel equipada com a aplicação de leitura correta podem digitalizar a “imagem” do Código QR para diversas funcionalidades, seja visualizar texto, coordenadas geográficas, dados de contacto, páginas web, etc.
Assexualidade
Uma pessoa assexual tende a não experienciar atração sexual. A assexualidade é frequentemente conceptualizada como uma orientação sexual de largo espectro na qual as pessoas revelam pouca, ou nenhuma, atração sexual por qualquer pessoa independentemente da sua identidade de género. Não significa isto que uma pessoa assexual não poderá ter atração romântica por outra pessoa, bem como gostar de toques e ter o desejo de estar num relacionamento afetivo. A compreensão da assexualidade acenta na conceptualização diferenciada entre a atração romântica e a atração sexual, tal como requer o entendimento de que a população assexual é muito heterogénea no que toca às variadas razões pelas quais esta identificação faz sentido a cada pessoa assexual.
Literacia Mediática
De acordo com o expresso na Diretiva (UE) 2018/1808 do Parlamento Europeu e do Conselho, o conceito de “literacia mediática” refere-se às competências, aos conhecimentos e à compreensão que permitem às pessoas aceder e utilizar os meios de comunicação social de forma crítica, eficaz e segura. Desta forma, engloba os conhecimetos técnicos e tecnológicos, mas engloba também a capacidade de aceder, criar e criticar realidades complexas e reconhecer a diferença entre factos e opiniões.
Algoritmo
É uma lista de regras a seguir para se resolver um problema. É, assim, um conjunto de instruções sequenciadas que permitem que uma tecnologia informática como um computador interprete factos e realize as suas funções. É um conjunto de passos finitos que levam a que se alcance um objetivo, de forma semelhante ao que acontece com uma receita de culinária. Os algoritmos permitem uma automatização de processos nas tecnologias informáticas, permitindo que se poupe tempo.
Affordances
De uma forma geral significa a qualidade ou propriedade de um objeto que define os seus usos possíveis ou torna claro como pode ou deveria ser utilizado. É, por isso, o que um ambiente permite a um indivíduo(a). No mundo digital, uma affordance pode ser entendida como o que um utilizador pode fazer com um objeto tendo por base as capacidades do utilizador.
Feminismo(s)
Há todo um conjunto de movimentos sociais, políticos, ideológicos e filosóficos que se focam no reconhecimento da absoluta liberdade da mulher, tendo como objetivo principal a igualdade de direitos. Ao longo da história, foram-se desenvolvendo diferentes e específicos movimentos feministas, com visões diferenciadas quer sobre o ideal de sociedade como a forma de alcançar esse ideal. Isto é, divergem em relação a diversos fatores de acordo com a especificidade da situação das mulheres no mundo, das particularidades da cada cultura e de cada sociedade. Porém, e apesar das especificidades de cada movimento, todos fazem parte de um fenómeno global orientado pelo mesmo fundamento filosófico e objectivo político de igualdade.
Bots
Diminuitivo de “robots”, programas informáticos que funcionam sem supervisões e são concebidos para simular ações humanas repetidas de maneira padrão, da mesma forma como faria um robot. São cruciais na atual composição informática de softwares, pois analisam e operacionalizam informações de arquivos e servidores numa velocidade extremamente alta, muito superior à capacidade humana. Dependendo do seu uso, podem ou não ser considerados ilícitos, dependendo de as ações que efetuam terem intuitos como o de disseminar spam ou o de aumentar visualizações de um site, por exemplo. Num âmbito mais malicioso, os bots podem ser usados para fins como o roubo de informação confidencial – seja pessoal ou sensível -, o acesso a listas de contactos ou o controlo de dispositivos para posteriores ataques cibernéticos/informáticos de maior envergadura.
SPAM
O SPAM é um fenómeno que se desenvolveu com a expansão da internet. Consiste no envio de várias mensagens não solicitadas, pela utilização de sistemas de mensagens ou de email, enchendo as caixas de correio dos utilizadores e aumentando o volume de tráfego na rede. O SPAM pode ser motivado por diversos fins como o comercial (pela publicitação de algo), o fraudulento, ou a insistência no contacto com alguém ao ponto de constituir uma forma de abuso. Designa-se por “spammer” uma pessoa que cria e faz SPAM.
Câmaras de eco
O termo “câmaras de eco”, por vezes utilizado como sinónimo de “bolhas de filtro” ou “filtros bolha” é uma descrição metafórica de uma situação em que informações, ideias ou crenças são amplificadas e reforçadas pela comunicação e repetição dentro de um sistema definido concreto. A existência de câmaras de eco no mundo digital, em particular nas redes sociais, tem sido continuadamente provada, já que este termo descreve um qualquer espaço mediático vinculado e fechado que tem o potencial de ampliar as mensagens entregues ali e isolá-las de quaisquer mensagens que as contradizem. Verifica-se o fenómeno das câmaras de eco quando as pessoas estão mais sujeitas – ou até, apenas sujeitas – às informações que confirmam as suas opiniões e crenças sobre determinados assunto.
Troll
No contexto da internet, e apesar de ser um termo algo subjetivo e abrangente, um troll é uma pessoa cujo comportamento online desestabiliza uma discussão. Através da publicações, comentários ou outras formas de atividade online, um troll procura inflamar uma comunidade digital, quer em redes sociais, como em fóruns online, videojogos, entre outros. A vontade do troll passa por provocar respostas emocionais ou até mesmo manipular a perceção dos outros. A popluariação deste termo levou a que popularizassem termos como “trollagem” ou o verbo “trollar”.
Femicídio
O femicídio, também denominado de feminicídeo, é um termo para o assassínio que é motivado por misoginia, que se assume como um crime de ódio baseado no gênero, e é direcionado a mulheres cis-género, mulheres transgénero e/ou a pessoas socialmente lidas enquanto mulheres. Termo associado a situações como a violência doméstica e relacionado à aversão ao género da vítima (misoginia), pode ser simplisticamente definido, conforme Diana E. H. Russell, como “a morte de mulheres por homens, porque elas são mulheres”.
Bug
Bug é um termo que vem do inglês, no qual esta palavra significa “inseto”. Acredita-se que termo foi criado por Thomas Edison quando um inseto causou problemas de leitura no seu fonógrafo em 1878. O termo “bug” popularizou-se nas últimas décadas, sobretudo com a digitalização mediática, tornando-se num termo que é um jargão da informática que se refere às temidas falhas inesperadas que ocorrem na execução ou utilização de algum software ou hardware. Desta forma, é uma expressão ampla para qualquer erro ou falha na execução de um programa, prejudicando ou inviabilizando o seu funcionamento.
Cisgénero
Termo relativo a uma pessoa pessoa cuja identidade de género é correspondente ao género binário (mulher ou homem) que lhe foi atribuído à nascença, por força da identificação das suas caraterísticas sexuais. Como exemplo, pense-se em alguém que se identifica como mulher e foi designada como mulher ao nascer, fruto das caraterísticas sexuais com que nasceu. “Cisgénero” é um termo que se pode entender como oposto ao termo “transgénero”.
Aliada/o
Pessoas, instituições, lugares, etc, que procuram ativamente a criação de um ambiente confortável para as pessoas que, são discriminadas por força da sua pertença/identificação a determinadas categorias (como a idade, classe, género, racialização, etnia, orientação sexual, identidade de género, nacionalidade, religião, etc.). Fala-se de coisas ou pessoas aliadas quando estas, mesmo que não tenham um sentimento de pertença a essas categorias identitárias, se associam a lutas pela defesa dos direitos humanos de populações histórica, económica e socialmente excluídas.
Apps de Dating
As apps de dating são uma categoria de aplicações móveis cuja tradução para português varia entre termos como “apps de namoro”, “apps de relacionamento”, “apps de encontro”, entre outros. O original “dating” em inglês, reúne o conjunto diversificado de aplicações móveis que fornecem serviços online que permitem que pessoas se conheçam, usualmente possibilitando que se veja uma (ou mais) fotografias e algumas caraterísticas sobre a outra pessoa. Quer tenham o objetivo de gerar conexões românticas, de amizade, sexuais – casuais ou não -, esta categoria de aplicações define-se por conectarem desconhecidos através da internet, via algorit,mos que analisam informações geo-sociais. A categoria de aplicações de dating surgiu, com força, desde 2012, ano do lançamento do Tinder, a app de dating mais popular. Porém, outras têm seguido esses passos, por vezes direcionados a comunidades ou minoriais sociais específicas, sendo outros exemplos conhecidos os casos do Bumble, Grindr, Happn, OkCupid, PlentyOfFish ou Badoo.